A realização de uma obra, seja ela pequena ou grande, exige um planejamento cuidadoso e detalhado. Um dos elementos fundamentais para o sucesso do projeto é o orçamento planejado. Através de um orçamento bem elaborado, é possível prever custos, evitar surpresas e garantir que o projeto seja concluído dentro do prazo e dos recursos disponíveis. Vamos explorar a importância de se ter um orçamento planejado na obra e os benefícios que ele pode proporcionar.

1. Previsão e Controle de Custos

O orçamento permite que todos os custos envolvidos na obra sejam previstos de forma detalhada. Isso inclui materiais, mão de obra, equipamentos, e até mesmo gastos com transporte e documentação. Com o planejamento adequado, fica mais fácil controlar as despesas, evitando gastos inesperados que podem comprometer o andamento do projeto. Sem um orçamento detalhado, é comum que os custos saiam do controle, levando à paralisação ou à necessidade de cortar etapas importantes da obra.

2. Evitar Desperdícios

Um orçamento bem planejado ajuda a evitar desperdícios de materiais e mão de obra. Ao prever a quantidade exata de insumos que serão necessários, evita-se a compra excessiva de materiais que podem não ser utilizados e acabam gerando perda de recursos. Além disso, o controle da mão de obra torna-se mais eficiente, alocando profissionais de forma adequada e sem sobrecarga desnecessária.

3. Acompanhamento e Revisão do Projeto

O orçamento planejado também serve como uma ferramenta de acompanhamento do projeto. Ele permite que a equipe gestora compare os gastos reais com os previstos e faça ajustes, se necessário. Ao identificar desvios financeiros logo no início, é possível tomar medidas corretivas a tempo, evitando que o projeto fique inviável financeiramente. Essa capacidade de monitoramento é crucial para garantir o cumprimento dos prazos e a conclusão da obra com qualidade.

4. Tomada de Decisões Baseada em Dados

A partir de um orçamento planejado, as decisões podem ser tomadas com base em dados concretos e previsões realistas. Isso evita improvisações e permite que os responsáveis pela obra tomem decisões estratégicas, como a substituição de materiais ou a renegociação de contratos, sem comprometer o projeto.

5. Previsão de Contingências

Por mais que o planejamento seja preciso, sempre existem imprevistos. No entanto, com um orçamento planejado, é possível prever uma margem para contingências, garantindo que a obra não seja interrompida por pequenos contratempos. Essa reserva financeira oferece segurança e tranquilidade para lidar com situações inesperadas, sem comprometer o andamento da construção.

6. Cumprimento do Cronograma

Além de garantir o controle financeiro, o orçamento também está diretamente ligado ao cumprimento do cronograma da obra. Um planejamento orçamentário bem estruturado evita atrasos decorrentes de falta de recursos financeiros, pois o fluxo de caixa da obra é organizado para que os pagamentos sejam realizados nos momentos certos. Dessa forma, a obra avança conforme o planejado, evitando paralisações e prejuízos.

Conclusão

O orçamento planejado é essencial para o sucesso de qualquer obra. Ele garante controle financeiro, evita desperdícios, permite a tomada de decisões assertivas e assegura que o projeto seja concluído dentro do prazo e dos recursos previstos. Portanto, investir tempo e esforço na elaboração de um orçamento detalhado não é apenas uma questão de organização, mas sim de garantir a viabilidade e a qualidade da obra.

Entendendo a NBR 12721

A NBR 12721 estabelece critérios para classificar o padrão de acabamento de edificações em três categorias principais: padrão alto, padrão médio e padrão baixo. Essas categorias são determinadas com base em diversos elementos construtivos e de acabamento, que são listados e descritos na Tabela 2 da norma.

Passos para Definir o Projeto Padrão da Sua Obra

1. Familiarize-se com a Tabela 2 da NBR 12721

A Tabela 2 da NBR 12721 é a principal referência para identificar o padrão de acabamento de um imóvel. Ela detalha os requisitos específicos para cada padrão em diferentes aspectos da construção, como:

• Revestimentos de pisos e paredes
• Esquadrias e portas
• Instalações hidráulicas e elétricas
• Acabamento de teto |
• Itens de conforto e segurança

2. Avalie os Requisitos para Cada Padrão

Para cada elemento mencionado na tabela, há especificações que determinam se o acabamento é considerado de padrão alto, médio ou baixo. Veja alguns exemplos:

• Revestimentos de Pisos:

  • Padrão Alto: Mármore, granito, porcelanato de alto padrão.
  • Padrão Médio: Cerâmica, laminado de madeira.
  • Padrão Baixo: Piso vinílico, cimento queimado.

• Esquadrias e Portas:

  • Padrão Alto: Alumínio anodizado, madeira nobre, portas maciças.
  • Padrão Médio: Alumínio pintado, madeira de boa qualidade, portas semi-ocas.
  • Padrão Baixo: PVC, madeira compensada, portas ocas.

• Instalações Hidráulicas e Elétricas:

  • Padrão Alto: Tubulações de cobre, fiação elétrica com alta capacidade, várias tomadas e pontos de iluminação.
  • Padrão Médio: Tubulações de PVC de boa qualidade, fiação elétrica padrão, quantidade média de tomadas e pontos de iluminação.
  • Padrão Baixo: Tubulações de PVC comum, fiação elétrica básica, poucas tomadas e pontos de iluminação.

3. Comparação e Decisão

Depois de avaliar cada elemento conforme os critérios da Tabela 2, compare as especificações da sua construção planejada com os requisitos dos diferentes padrões. Isso ajudará a identificar o padrão geral da sua obra. É comum que alguns elementos possam pertencer a diferentes categorias; nesse caso, considere o padrão predominante para a maioria dos elementos.

4. Considere o Orçamento e o Público-Alvo

A escolha do padrão de acabamento deve estar alinhada com o orçamento disponível e o público-alvo do imóvel. Um acabamento de padrão alto implica em custos mais elevados, mas pode ser necessário para atender a expectativas de um público mais exigente ou aumentar o valor de mercado do imóvel.

Definir o padrão de acabamento do imóvel utilizando a NBR 12721 envolve uma análise detalhada de diversos componentes da construção, comparando-os com os critérios estabelecidos na Tabela 2 da norma. Esse processo é essencial para garantir que a obra atenda às expectativas de qualidade e esteja dentro do orçamento planejado. Ao seguir esses passos, você poderá definir de forma clara e objetiva o padrão de acabamento do seu projeto, garantindo um resultado final satisfatório e adequado às suas necessidades e objetivos.

Uma etapa importante do planejamento de uma obra é a implementação de um orçamento de obra. Pois, a partir dele se terá uma base dos custos da obra, evitando custos surpresa. O que mostra a importância de ser feito com atenção, de modo que se tenha um orçamento de qualidade.

Se você está pensando em construir um imóvel, mas ainda não sabe o que é ou como fazer um orçamento de obra para evitar gastos a mais, continue lendo.

O que é o orçamento de obra?

O orçamento de obra é um documento que tem como função prever e determinar os gastos que se terá com a obra. Nele devem constar todos os custos, desde a concepção até a finalização da construção como um todo. A partir deste documento, obtém-se o preço-base, o valor final do custo e do lucro, e define-se a viabilidade da obra. Na falta de um orçamento preciso e de qualidade, poderá faltar dinheiro para concluir os serviços planejados e ocorrer atrasos nas etapas de construção.

Como montar um orçamento de obra eficaz?

1. Planeje e analise as variáveis

O primeiro passo na elaboração de um orçamento de qualidade é reunir todas as informações disponíveis sobre elementos relacionados à construção. Isso inclui estudos de solo do terreno, métodos construtivos que serão empregados, profissionais responsáveis pelo projeto e execução, materiais, entre outros. O modo mais comum para organizar esses dados e documentos é com o auxílio de planilhas, tabelas e memoriais descritivos. É crucial ser detalhado e descritivo, fazendo divisões de etapas construtivas, pavimentos, mão de obra, materiais, etc.

2. Faça a composição dos custos

Após analisar os dados e definir os serviços e materiais a serem utilizados, assim como a mão de obra envolvida, pode-se montar as composições de custo. Custos podem ser de dois tipos:

• Custos diretos: Associados a serviços no canteiro de obra, como mão de obra e material.
• Custos indiretos: Necessários para que as atividades no canteiro sejam realizadas, como gastos com funcionários do administrativo, taxas e materiais de escritório.

3. Defina os quantitativos da obra

Com a lista de serviços e materiais em mãos, o engenheiro calcula os quantitativos necessários para a construção. Esta etapa é geralmente a mais trabalhosa ao elaborar um orçamento, pois requer muita atenção e cuidado nos cálculos. É indispensável que o quantitativo de materiais seja feito com base nas especificações técnicas, projetos e no memorial descritivo, considerando também a produtividade dos funcionários e a quantidade de horas para a realização dos serviços.

4. Defina a base de composição

Caso não se tenha uma base de composições próprias, existem bases disponíveis que podem ser utilizadas, como:

• TCPO: Base conhecida e paga.
• FDE: Gratuita e voltada para a construção e reforma de escolas.
• SINAPI: Gratuita e muito utilizada para orçamentos do programa Minha Casa, Minha Vida.

Essas bases fornecem dados de custo unitário padrão, ajudando no cálculo do orçamento a partir do quantitativo calculado pelo engenheiro e da produtividade da mão de obra.

5. Não esqueça do BDI

O BDI (Benefícios e Despesas Indiretas) é um fator do custo direto que representa um custo indireto, incluindo lucro e impostos incidentes. Podemos tratá-lo como um percentual aplicado sobre o custo direto encontrado no orçamento para se chegar a um preço final de venda da edificação.

6. Use ferramentas para auxiliar nas definições

Ferramentas como as curvas ABC de insumos e de serviços são muito utilizadas para identificar os materiais e serviços responsáveis pela maior porcentagem do custo total da obra. Isso ajuda a identificar áreas onde podem ser feitas alterações para uma maior economia, reduzindo custos e aumentando os lucros do empreendimento.

7. Crie o cronograma da obra

Após todo esse trabalho, é indicada a elaboração de um cronograma detalhando o tempo de execução de cada fase e seus custos. Este cronograma tem a função de otimizar a sequência de etapas da construção, garantindo produtividade e economia.

A construção de um imóvel é um projeto complexo e sujeito a erros. No entanto, com um orçamento bem definido e planejado, os riscos diminuem e você acaba tendo um gasto menor e menos dores de cabeça. Caso ainda tenha alguma dúvida sobre como construir seu imóvel, entre em contato conosco pelo site ou telefone. Solicite já seu projeto e faça um orçamento!

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